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ÍNDIGOS

A África do Oeste é o local privilegiado da arte da tintura com índigo. Esta se desenvolveu conjuntamente com a cultura do algodão, a partir do século XI, ao lado de técnicas de tingimento mais antigas. O azul índigo completou assim a sóbria gama cromática africana dos tons de terra.

Estreitamente associada à tecelagem, a tintura com índigo foi difundida a partir de três grandes centros da África do Oeste: a região do rio Senegal até o Mali, a Nigéria do norte e do sul.

As populações que praticam a arte da tintura com índigo na região do Senegal provavelmente receberam a técnica da África do norte, por volta do século X. As tinturas produzidas no Senegal são do tipo tie-dye, onde desenhos são obtidos mediante intervenções (costuras, ligaduras, camadas de cera) no tecido antes do tingimento. Essa técnica foi em seguida veiculada por toda a África do Oeste.

Confira os itens da nossa coleção:

    Os Haussa, tintureiros do norte da Nigéria, utilizam outra técnica, a do tingimento em peças, sem desenhos. Seus tecidos de um índigo quase preto são célebres: a cidade de Kano, grande centro de tinturaria no século XIX, era o ponto de partida da exportação destes tecidos “cor de carvão” através do Saara até Tombuctu e a África do norte.

    Finalmente, a região Iorubá no sul da Nigéria é o terceiro centro de tingimento com índigo. As técnicas são distintas da tradição sudanesa, e provavelmente mais antigas. Os adires, estamparia através de reserva por fios (amarrados e alinhavados), são célebres exemplos da arte tintureira local.

    A África possui um grande número de plantas indigóferas, cerca de 650 espécies, entre as quais as variedades autóctones e selvagens, como o Lonchocarpus cyanescens, ou acácia de índigo, planta arbustiva das zonas tropicais, utilizada sobretudo no oeste. O gênero Indigofera, originário da Índia, é encontrado hoje em dia sob forma de espécies diferentes em numerosas regiões do continente e de Madagascar.

    Títulos disponíveis na biblioteca do Acervo África:

    O azul profundo, próximo do preto, é o tom preferido das populações que habitam o Sahel e o Saara. Os tecidos são ainda mais apreciados quando são lustrosos; com este fim, após o tingimento, são colocados sobre uma prancha de madeira e batidos com um pilão, que vai polindo o pano saturado de tintura.

    Nos contextos africanos , em muitos casos, os tecidos parecem ser concebidos como um prolongamento do ser humano.

    O exemplo mais surpreendente é sem dúvida o dos algodões tintos com índigo, tão apreciados pelos povos do deserto: o índigo penetra nos poros da pele até dar-lhe uma cor azulada, o que valeu aos Tamacheque serem chamados de “homens azuis”. Contrariamente ao que se poderia pensar, não se trata de um defeito técnico ou de um desconhecimento da arte de tingir, mas antes uma escolha deliberada: o tecido deve ser saturado da tintura e do odor característico do índigo vegetal; então, a vestimenta torna-se um paramento que adere ao corpo, o transforma e perfuma.

    Para ler:

    Teinturières à Bamako: quando la couleur sort de as réserve. Gérimont, Patricia. Ibis Press, Paris, 2008.

    Afrique Bleue – les routes de l´indigo. Musée du tapis et des arts textiles de Clermont-Ferrand. Édisud, 2000

    Para ver:

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